Monday, March 12, 2007

Picasso em Goiânia


Ontem fui ver a exposição do Picasso, e não sabia que seria o último dia. Um sol escaldante, sem nenhuma árvore para quebrar um pouco do clima de deserto. Oscar Niemeyer judiou! Mas quem judiou mesmo foi a organização da exposição.

Pela primeira vez em Goiânia uma exposição de grande importância chegou até aqui. O público sedento por cultura lotou o local todos os dias formando filas intermináveis. Mas uma pena que os monitores não estavam tão bem preparados, e os seguranças então muito pior.

Enfrentei aquela fila, se não fosse meu filtro solar reforçado teria pego aquele bronze. Depois de mais de uma hora de espera consegui "me adentrar ao local". Me senti subindo a rampa do congresso, mas quando entrei, ai ai ai que decepção. Logo de cara o monitor fez uma reclamação tão sem classe quanto ao barulho, depois a segunda monitora não soube explicar como ela gostaria que as pessoas se posicionassem para ouvir melhor o que ela falava. Já impaciente com os acontecimentos resolvi deixar a monitoria de lado e fui ver pela segunda vez a mesma exposição - Picasso - paixão e erotismo.

Meu Deus, de novo outra coisa que me deixou grilada. Como eles colocam no texto de abertura que era a primeira vez que o Banco do Brasil trazia essa exposição ao país? Isso não é verdade, a aproximadamente 4 anos atrás eu vi em Brasília no Centro Cultural Banco do Brasil??!!?!?

Vamos relevar tudo isso e "bora" para frente. Aquele tanto de gente, muitos nunca tinham ido a um museu antes. Muito bom essas pessoas terem tal oportunidade.

Fui com a Camila - minha sobrinha- explicando para ela os processos de litografia, xilo, água forte, ponta seca, impressão, posição da assinatura, contagem da tiragem .......percebi que não tinha sinalização para que as pessoas não se aproximassem dos quadros, mas me mantive a uma certa distância e lá vem um segurança com aquela educação que adquiriu no berço e me falou em tom áspero: "Não aproxime dos quadros" hunf. Nesse momento me senti tão, mas tão mal, mesmo porque acredito que eu tenho muito mais informações e entendo muito mais do que aquele segurança sem educação o valor de um daqueles quadros. E por aí foi, só atropelos, só patadas. Me senti mal, lesada. E penso que o primeiro passo foi dado (acho ótimo), mas ainda precisa de muito treinamento para o goiano receber os seus visitantes e tratá-lo a altura que merece.

Goiânia está merecendo um Centro Cultural Banco do Brasil. Já foi mais do que provado que tem público para movimentar. Tudo que se referia a música e teatro nesse final de semana estava lotado, cada um com seu público específico.

Fui ver Os Melhores do Mundo, e mais uma vez achei bacana, comecei rindo, mas depois o sono me consumiu, não conseguia mais nem sorrir com as piadas. Mas é ótimo ver o Teatro Rio Vermelho lotado, com estacionamento na tampa.

Bares, restaurantes lotados. Boates támbém. Gente bonita e feia, todos movimentando a cidade.

É o progresso chegando. Uma sociedade sem cultura não é nada.

Viva o crescimento de Goiânia.

***E para celebrar esse crescimento vamos ouvir a louquíssima Paris Hilton - Turn It Up - Peter Rauhofer Reconstruction Mix

1 comment:

Anonymous said...

ri muito desse seu texto...que coisa mais desorganizada essa esposicao no Oscar "Ninguenvai" RS...Goiania precisa nao so de mais eventos culturais quanto pessoas preparadas p tais eventos.

bjs do lux